Corteva registra perda menor no quarto trimestre, mas ações caem após previsão de lucro para 2025
Corteva registra perda menor no quarto trimestre, mas ações caem após previsão de lucro para 2025
5 de fevereiro (Reuters) – A empresa norte-americana de agroquímicos Corteva (CTVA.N) registrou uma perda menor no quarto trimestre nesta quarta-feira, impulsionada por fortes volumes de vendas.
O volume de Proteção de Cultivos aumentou 16% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pela América Latina, devido à demanda por novos produtos. Já o volume de sementes cresceu 19%, refletindo a expectativa de aumento da área plantada de milho safrinha no Brasil.
Desde 2023, os lucros da empresa têm sido afetados pela queda na demanda por inseticidas e fungicidas, já que os agricultores reduziram as compras diante da queda na renda e do aumento dos custos.
A fabricante de inseticidas afirmou que começa a perceber uma estabilização no setor de proteção de cultivos, com ganhos contínuos de volume no quarto trimestre. No entanto, a empresa prevê que a pressão sobre os preços persistirá.
A Corteva é uma das maiores fabricantes de produtos para proteção de cultivos nos Estados Unidos, concorrendo com empresas como Syngenta e as alemãs BASF (BASFn.DE) e Bayer (BAYGn.DE) no setor de agroquímicos.
Apesar dos resultados, as ações da empresa caíram mais de 4% após o fechamento do mercado, pois a previsão de lucro para 2025 ficou abaixo das expectativas de Wall Street, indicando que a volatilidade no setor agrícola deve continuar.
A empresa projetou um lucro operacional para todo o ano de 2025 entre US$ 2,70 e US$ 2,95 por ação, enquanto analistas esperavam US$ 3,13 por ação, segundo dados da LSEG.
“À medida que olhamos para 2025, reconhecemos o ambiente macroeconômico incerto, mas ainda vemos uma melhora nos fundamentos do mercado agrícola”, afirmou o CEO Chuck Magro em comunicado.
A Corteva também anunciou que pretende recomprar cerca de US$ 1 bilhão em ações ao longo de 2025.
O prejuízo líquido atribuído à empresa, sediada em Indianápolis, foi de US$ 41 milhões (US$ 0,06 por ação) nos três meses encerrados em 31 de dezembro, contra uma perda de US$ 253 milhões (US$ 0,36 por ação) no ano anterior.